quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Menino Jesus de Praga


Um dos pontos fortes no fortalecimento turístico em Praga é sem dúvida o Menino Jesus de Praga, o local de peregrinação com mais fama em Praga, e o mais conhecido da Boémia no estrangeiro, é a Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Esta Igreja construída em estilo barroco encontra-se na travessa das Carmelitas no Bairro Pequeno. A atenção dos peregrinos é especialmente atraída pela estatueta do Menino Jesus de Praga, conhecido em todo o mundo por Bambino de Praga, a qual se encontra desde 1628, num armário pequenino de prata, no altar lateral do lado direito. O seu ‘guarda-roupa’é constituído por valiosos vestidos bordados e decorados em relevos coloridos. O mais valioso deles foi pessoalmente bordado pela Imperatriz Maria Teresa. A estatueta renascentista , originária de Espanha, foi oferecida pela senhora Polyxena de Lobkovic às carmelitas.


O Menino Jesus de Praga recebeu, como presentes de gratidão, 60 vestidos, decorados com ouro, diamantes e pérolas (inclusive uns provenientes da China, do Brasil, das Filipinas , do Vietname etc.), sendo o mais precioso deles o vestido bordado pela imperatriz austrohúngara Maria Teresa.
A estatueta é regularmente revestida para que a cor do vestido sempre corresponda com a respectiva época litúrgica (por exemplo, a cor branca para os dias festivos da Páscoa e do Natal, a vermelha para a Semana Santa, a lilás para o período da quaresma e do Advento, etc.)

Dicas para visitantes:
Algumas roupas do Menino Jesus ficam expostas no museu situado na igreja, a entrada no museu é gratuita.
Na igreja celebram-se missas em idiomas diferentes – checo, inglês, francês, italiano, espanhol.
Ao último domingo do Maio procede a cerimoniosa celebração anual do aniversário da coroação do Menino Jesus pelo bispo em 1655.

Origem da devoçao
Esta devoçao, embora já muito conhecida, precisa de ser explicada para que o povo todo possa apreciar a sua origem, os seus fundamentos teológicos, a sua importância soberana e a sua utilidade actual.

A devoçao ao Menino Jesus de Praga, data de Belém; passou pelos anjos, por Maria e José, pelos pastores e Reis Magos e é continuada pelos santos através dos séculos, seguindo ainda o seu curso sempre ascendente. Tomou uma forma concreta e universal sob o título do Menino Jesus de Praga. E sob este título, essa devoçao foi eminentemente carmelitana em sua origem, até que se tornou tesouro universal do cristianismo. É na verdade uma flor delicada e divina que germinou e floriu no jardim do Carmelo e que, desabrochando sob o calor vivificador da Chama Divina, despede pelo mundo inteiro o seu consolador e suave aroma.

O CONVENTO DE PRAGA

O Soberano Pontífice Paulo V nomeou o venerável P. Domingos de Jesus Maria (Geral dos Carmelitas Descalços e confessor de Sua Santidade), seu Legado junto do Imperador da Áustria, Fernando II, que defendia os direitos de Deus e da Igreja Católica contra o príncipe palatino de Pfalz, encarniçado calvinista, que se apoderou do trono e se fez coroar rei na cidade de Praga. Fernando II pôs toda a sua esperança na intercessao de Maria Santíssima e nas oraçoes do Venerável P. Domingos. No dia da Assunçao o Senhor revelou a este santo religioso a vitória dos exércitos católicos. Antes de entrar na batalha, impôs o Escapulário do Carmo ao Imperador da Áustria, ao Duque da Baviera e a todos os soldados; monta a cavalo e, tendo o Crucifixo numa das maos e mostrando com a outra um quadrozinho da Sagrada Família, que tinha sido profanado pelos hereges, exorta os soldados a implorar a protecçao de Maria contra os inimigos do catolicismo. Tres horas bastaram para dispersar o grande exército calvinista de 100.000 homens. O Imperador como testemunho de gratidao, fundou conventos de Carmelitas em Viena, Gratz e Praga.

É este convento de Praga que o Menino Jesus vai escolher para fazer brilhar o seu poder e amor soberanos.

A princesa Polyxene de Lobkowitz

Era uma das senhoras mais distintas e piedosas do seu tempo, conhecedora da voluntária pobreza em que viviam os Padres Carmelitas e da grande estima que o povo cristao lhes tributava depois da miraculosa vitória da Montanha Branca, obtida pelas oraçoes do Venerável P. Domingos. Possuía, entre as suas lembranças de família, a imagem do Menino Jesus, que sua mae, princesa Manrique de Lara (da família real de Espanha), lhe tinha oferecido como o mais valioso presente do casamento; ela, por sua vez tinha-a recebido de Santa Teresa de Jesus.

Em 1628, esta piedosa princesa, como impelida por uma força superior, compreende que deve desprender-se daquela prenda querida e entregá-la aos Padres Carmelitas, que ficariam como os seus melhores e mais devotos custódios. Apresenta-se de facto no convento, e diante de toda a comunidade, entrega ao Padre Prior, venerável
Fr. Joao Luís da Assunçao, a belíssima imagem, dizendo-lhe: «Meu Padre, eu vos dou o que tenho de mais querido. Honrai esta imagem do Menino Deus e nada vos faltará». A imagem foi exposta a veneraçao dos religiosos no coro-oratório, onde tinham lugar os actos piedosos da comunidade.

As palavras da augusta dadora verificaram-se a risca. Deus prodigalizou as suas graças ao convento que possuía o Divino Menino: nunca lhes faltou o necessário; foi cumulado de bençaos espirituais e temporais enquanto ali preservou a devoçao ao Menino Jesus (Crónicas dos Carmelitas Descalços da Província de Áustria).

Profanaçao da imagem

Em 1631, os protestantes voltaram a ocupar a cidade de Praga; saquearam igrejas e conventos espalhando por toda a parte o incendio e a pilhagem. A imagem do Menino Jesus nao escapou a fúria devastadora dos inimigos do catolicismo: quebraram-lhe as maos e atiraram-na para um canto. Assim, a veneranda imagem ficaria sepultada debaixo dos escombros, e sem os seus fiéis devotos, pois os Carmelitas viram-se obrigados a fugir para nao perecerem em tamanha hecatombe. O terror, a miséria e a desolaçao reinavam na cidade de Praga e nos seus habitantes, ameaçados de morte pelos ferozes invasores.

Encontro da imagem

Foi precária a paz no ano de 1635 que trouxe os Carmelitas ao seu antigo convento, quase todo ele em ruínas. Por falta de meios e de pessoal, foram demorados os trabalhos de restauraçao, empreendidos por sua vez num ambiente de insegurança e timidez, provenientes da presença dos protestantes. Os religiosos, sumidos na mais espantosa miséria e reduzidos a extrema indigencia, erguiam ao céu as mais ardentes súplicas a fim de obter uma verdadeira paz e alívio nas terríveis dificuldades que estavam atravessando. Os seus pedidos – com grande espanto dos religiosos – nao eram atendidos no céu. O que esclareceu esta confusa e difícil situaçao foi a vinda do P. Cirilo da Mae de Deus em 1637, que outrora tinha estado no Noviciado de Praga, e que era devotíssimo do Menino Jesus. Este santo religioso, compreendendo que Deus nao queria abençoar a comunidade e a cidade enquanto o Menino Jesus nao fosse honrado como merecia, pediu ao Superior licença para procurar a imagem do Menino Jesus, dizendo-lhe: «Se nós O honrarmos de novo, Ele nos dará segurança». Obtida a licença, após reiterados esforços tem a grande felicidade de encontrar a tao desejada imagem atrás do altar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Passeio em Praga - Relógio Astronômico

Um dos grandes passeios turísticos de Praga é o Relógio Astronomico, instalado no prédio da prefeitura da Cidade Velha desde o século XV, o Relógio Astronômico de Praga é um belo exemplo da precisão dos antigos mestres relojoeiros.

Na principal praça da cidade medieval, o relógio servia de fonte de informações para a população em geral, e apresenta as horas em diversos sistemas de medição então utilizados, como o romano e o germânico e o da boêmia. As horas são apenas uma das inúmeras funções, pois o relógio apresenta ainda o horário da aurora e do poente para cada dia do ano, o signo do zodíaco e o ciclo lunar, além de muitas outras informações, incluindo um calendário.

Pontualmente a cada hora, acontece um verdadeiro espetáculo, quando o relógio bate o sino e faz desfilar bonecos representando os apóstolos de Cristo em sua fachada.

O mais incrível é que o mecanismo que move seus ponteiros e os bonecos é ainda o original do século XV, com pequenos aperfeiçoamentos realizados no século XVI.

Uma verdadeira multidão fica na praça aguardando a cada troca de hora, é muito bonito !

Comida em Praga - Onde comer

Quando viajo tento eviatr comer em lanchonetes que encontro facilmente no Brasil, é claro que a idéia é entrar no clima local, comer o que os nativos comem. Se você não gosta de comidas muito pesadas é melhor se preparar para os sabores da cozinha checa. Os molhos e temperos são muito fortes e constantes na maioria dos pratos e privilegia-se sobretudo a carne. Encontrar peixe fresco não é habitual e pode ser muito caro. Por isso que existem tantos restaurantes italianos onde pode reavivar os sabores mediterrânicos com as bela e tradicionais pizzas e massas. Ainda que os sabores sejam intensos, não deve esquecer que tem sempre a ajuda da cerveja, e a variedade é muita. Aliás, é comum encontrar cerveja caseira em alguns restaurantes. Não se esqueça é que é preciso estômago para aguentar o tamanho do copo normal, meio litro.
Não deixe de provar duas das especialidades mais típicas da república Checa: svíckova e gulás. O primeiro é um delicioso e fino bife de vaca um amarelado e delicioso molho de natas com frutos vermelhos silvestres. O segundo, é o típico prato de carne de vaca estufada com legumes e pimento, comum a toda a região eslava mas, ao contrário do congénere húngaro, os bocados de carne são grandes. Outro prato tradicional é o joelho de porco (foto).
Se não dispensa um belo café, está tramado. O expresso a que estamos habituados raramente o é verdadeiramente e, por mais que especifique, vai ter a sensação que está a beber café da avó numa chávena de bica.

sábado, 23 de outubro de 2010

Turismo em Praga

Os novos ares de modernidade faz com que cresca a cada ano o número de brasileiros que atravessam o Atlântico para desbravar ou mochilar na República Tcheca. Após o fim do regime comunista em 1989, o pequeno e charmoso país abriu as portas para o turismo e se revelou um dos destinos mais atraentes e desenvolvidos do Leste Europeu.

Sua proximidade com vizinhos como Áustria, Hungria, Eslováquia, Alemanha e Polônia atraem visitantes do todo planeta. Com muitos séculos de história e cultura, a República Tcheca vai do estilo medieval à arte contemporânea. Está repleta de catedrais, monumentos, palácios, jardins e até a “consagrada” rota da cerveja. Desde o século 8, o país é um dos maiores produtores e consumidores da bebida fermentada.

Envolta de belíssimas paisagens e grandiosas montanhas, algumas delas até com estações de esqui, a nação tcheca divide-se em dois territórios: Morávia e Boêmia. Na segunda província, por exemplo, encontram-se a cosmopolita capital Praga e as cidades cervejeiras, como Pilsen e Budweis.

Outros principais atrativos nacionais são os pubs, as baladas eletrônicas e o rico calendário de eventos, que começa em maio e segue pelo resto do ano. A programação inclui festivais de jazz, da cerveja e até de ópera e música primavera. O rango lá também é bom. Lembra muito a comida alemã, com pratos à base de carne de porco ou vaca, e acompanhados de batatas, arroz, salsichas e linguiças.

Se a língua local é complicada falar, para facilitar, quase todos os tchecos se viram no inglês. A grande maioria é simpática com os estrangeiros ocidentais. A população, repleta de jovens e gente muito bonita (minha esposa cometa que o povo aqui parece "capa de revista"), possui alto nível de educação. Afinal, trata-se da terra de escritores cultos como Franz Kafka e muitos outros artistas.

O país se tornou um dos mais irradiantes centros de cultura e artes da Europa neste século 21. Os melhores momentos de uma viagem ao Velho Continente com certeza passam pela República Tcheca. Venha e comprove!